quinta-feira, 12 de julho de 2012

O inevitável!

Ha tempos ando buscando algo que possa ilustrar o que sinto certas horas...por falta de termos me calo. Mas hoje me sinto como uma mãe que dá tudo pelo filho que cresce e vai embora sem olhar pra trás...hoje trago em mim esse gosto de despedida que vai durar...de sensação de que se vai, mas fica...e você fica esperando o dia em que, finalmente irá acordar só.
É um gosto amargo de quem não deseja que o fim chegue um dia, mas que espera angustiado porque sabe que é uma certeza que se tem na vida. Algumas vezes é como o cair de uma folha...já outras, é como uma bomba! E sua árvore de esperanças fica sem galhos, sem flores, sem verde...
A gente tenta planejar o que vai fazer da vida depois que passa pelas barreiras que são tais mudanças bruscas...e é o que eu tenho feito. Por enquanto sem sucesso algum...apenas planejando...sei que um dia eu vou ter que levantar da cama e dizer "é hoje que eu vou fazer o meu futuro" e não vou poder voltar a dormir...por enquanto vou engatinhando...um dia de cada vez...esperando...fazendo a minha parte onde cabe ser feita...ando insegura, amedrontada, calada, apreensiva...cheia de coisas que eu não conhecia antes em mim. Acho que crescer é isso...passar por um monte de coisa dolorosa pra poder encher um peito cheio de amarguras e se chamar de adulto...e eu juro que não quero isso...por isso dói tanto...porque é inevitável!
Hoje em dia pra se encontrar paz é necessário um trabalho maior do que cavar uma mina em busca de diamantes...a gente se enche de lama e quebra a cara procurando, e quando finalmente encontra vem alguém querer roubar, então você tem que correr, se exilar...não se pode ter tudo o que quer! Paz é solidão, mas solidão dói tanto quanto viver sem paz...e assim vamos vivendo os paradoxos diários que nos enlouquecem entre uma refeição e outra, ou num cochilo breve antes de ir trabalhar.


Kamilatavares.

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