domingo, 18 de maio de 2014

Stop being such a Pussy!

Faz um tempo que eu não escrevo diretamente aqui como eu costumava fazer, faz um tempo que eu não falo sério sobre o que penso ou sinto em lugar nenhum, com ninguém...nem comigo mesma, e faz uma vida que eu não escrevo diretamente no melhor estilo "querido diário"...porque por mais que o escritor sempre adicione um pouco do que sente em sua obra (lembrando que nem eu sou escritora, muito menos tenho uma "obra" pra ser citada), sempre se usa a linguagem figurativa - e eu abuso dela de vez em quando...mas não hoje, não agora!
Vim aqui pra dizer que me tornei covarde. O tempo me fez ter medo de me expor, me fez ter medo de chorar em público, medo de dizer as coisas que eu sentia, medo de não me importar com os outros, medo de ser abandonada, medo de perder meus amigos...e esse medo me trancou num quarto cheio de comida e filmes do James Franco - e num piscar de olhos eu me tornei extremamente sozinha e paranoica, e traduzi meus sentimentos pra uma língua que só os desconhecidos conseguiam entender...e os desconhecidos não te julgam. Quanto aos que eu conheço - preferia ser julgada por ter me tornado uma fã paranoica que agora só sabe comer e dormir do que ter que explicar o que estava acontecendo, ou seja: NADA.
Chame do que quiser, mas eu me anestesiei de um jeito que não consigo nem explicar, mas sim...sou fraca e não aguentei ver que ele superou tudo, sumiu de vez e tocou a vida dele pra frente então resolvi cometer um suicídio emocional que foi tão grande que até o que tinha de bom foi embora, e não importa o que aconteça, eu não sinto nada.
Se meus pais brigam comigo ou me enchem de carinho, se eu não tenho um emprego ou um namorado, se minha banda só ensaia e não faz nenhum show, se os meus melhores amigos não são mais tão melhores amigos assim, se aquele cara super bonito me olha no meio da festa, se alguém me rouba um beijo ou diz estar apaixonado por mim, se o meu sobrinho escreveu uma carta pra mim ou eu me dou conta de que estou infinitos quilos mais gorda e trancada no quarto há três dias com pilhas de episódios de seriados, comédias românticas e sacolas da padaria da esquina espalhadas pelo quarto inteiro...se o mundo acabasse agora...ainda assim eu não sentiria nada. Talvez alívio...talvez.
Sei que parece drama adolescente, e talvez seja - já que a minha adolescência não teve grandes dramas - mas é assim que as coisas estão...e eu não vejo uma mudança chegando. Talvez ela chegue naquele dia em que você acorda disposta a mudar sua vida completamente e ser uma pessoa melhor, mas levando-se em consideração que eu estou indo dormir todos os dias umas 7h da manhã, é mais provável que eu acorde no meio da tarde com a minha mãe dizendo que eu perdi o almoço e preciso dar um jeito na minha vida...vida essa que eu já pensei seriamente em dar o reset e deixar pra lá.
Não que eu tenha me tornado uma psicopata depressiva. Eu de fato exponho o meu bom humor fake todos os dias sem grandes problemas, porque já que eu ando sem sentir nada mesmo...fingir que está triste ou feliz acaba se tornando a mesma coisa. Mas quando eu estou aqui, sozinha, lidando com o meu vazio interior, acredite: Se alguém me pedisse em casamento ou se um filhote de gato morresse eletrocutado na minha frente eu sentiria exatamente a mesma coisa: Nada.
Mas acredite, encontrei algumas alternativas para me motivar - minha monografia é um bom exemplo! Pelo menos estudar lhe distrai de certas coisas, e eu estou segura com o tema, tenho um bom orientador e acredito que vou conseguir terminar o curso de forma satisfatória - pelo menos isso. E como a gente tem que ter um sonho impossível - eu ainda acredito que vou pra New York tropeçar com o James Franco dando bobeira pela Broadway...pelo menos eu sei que ele não faz a mínima ideia de quem eu sou (ou seja, não pode piorar), e pelo menos ele me ajuda com a minha monografia (já que estou usando um dos filmes dele) e me inspira...e é bom ter um ídolo - o que significa que eu posso ser louca, mas sou uma louca com um objetivo.
Quanto à ele...não faço a mínima ideia do que tem feito nos últimos meses, ou se um dia vou ter coragem de olhar na cara dele outra vez sem me destruir completamente por dentro. Mas ainda dedico certas horas do meu dia ao exercício de meditar pela felicidade, saúde e paz na vida dele (embora eu não faça isso nem por mim), e esperar as cartas vindas do além.
Eu sempre achei que me faltou coragem de fazer as coisas, porque sempre fui chamada de preguiçosa. Mas quando tive coragem acabei apostando na mesa errada - o que me fez pensar que o que me faltava era direção, mira...mas na verdade me falta tudo, e de tanto errar em tudo eu acabei parando...e por sentir tudo de forma tão exagerada acabei não sentindo mais nada - nem mesmo vontade de escrever...mas vamos dando um passo de cada vez - considere este o primeiro.


Kamilatavares.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Breakfest

I saw the Beat generation coming back trough the new hipster's minds
the misfits, the underage drunk kids, the young rebels in the alley
they don't even know about Ginsberg, Kerouac and Lucien Carr
they don't even know about Cassady, the Naked lunch and the junkies
but they're living the dead revolution
They're angels in the sky with diamonds
holy ignorance
holy youth crazyness
Imagine how the world would be with a little more benzedrine.

Your crazy uncle locked up at that mental hospital...you should learn with him
he's the wise one
we are the real crazy people trying so hard to be normal
Hiding our feelings, becoming robots of ourselves
telling our children that they can't be artists, they'll never make it
imagine how crazy would be if you start living your dreams

The boy next door became an astronaut, you see?
and I'm on the edge...on the top of this building
I was about to kill myself on that story, but I know how it ends, so now I'm just waiting

Waiting for the dead revolution of the people that hate everything
specially themselves.



Kamilatavares.