domingo, 9 de outubro de 2016

Porto (in)seguro.

Cortei um Caju em rodelas, passei um pouco de sal, comi um pedaço e tomei uma lapada de cana;
fiz um suco de graviola e tomei todinho;
terminei aquela atividade do meu livro antigo de inglês que há mais de um ano eu tinha preguiça de fazer;
escutei aquele disco do The Mission...e o do Dire Straits também;
assisti alguns episódios antigos de Supernatural;
assisti o jogo do Chicago Bears...e torci por eles;
tomei várias canecas de café e fui fumar um cigarro olhando pro mundo e pensando na vida;
tomei sorvete de baunilha;
tentei superar algum trauma antigo;
liguei pra minha psicóloca depois de três anos de silêncio;
tentei resolver uma equação sem usar calculadora;
tomei um banho antes de dormir e fiquei deitada com o ventilador ligado, esperando o abafado passar.

Olhei suas fotos, revisei as conversas...sorri.

O que eu perdi no meio do caminho, nada disso conseguiu preencher.
Seu cheiro eu não lembro, sua fisionomia talvez um dia se perca na minha memória também...mas "tudo que morre fica vivo na lembrança".

Mil acasos me levaram até você, mil tropeços me trouxeram de volta.

"It feels like there's oceans between me and you once again, we hide our emotions under the surface and try to pretend!"




KamilaTavares, crônicas sobre ele - primeira e última do livro nunca publicado.