sexta-feira, 29 de junho de 2012

385 days...

This is not about love...this is about the girl who knows the guy...
Talvez até seja sobre amor, mas não daqueles que dura pra sempre entende?! Acho que comecei a me dar conta disso agora, depois de algumas noites mal dormidas e tantas doses de confusão.
"Primeiro era vertigem, como em qualquer paixão, era só fechar os olhos e deixar o corpo ir no ritmo", e assim foi, assim eu fui seguindo o ritmo de cada ilusão que eu criava. Ah como o meu mundo por vezes é belo, gostaria de mostrar a vocês qualquer dia; ele viu o meu mundo algumas vezes, fosse através dos meus guardanapos milimetricamente dobrados, dos meus gritos na cozinha, dos meus pés tortos ou das histórias que eu nunca havia contado pra ninguém e consegui dividir com ele.
Algumas coisas ficam só com a gente, mas de vez em quando aparece alguém merecedor de ver pela frestinha da porta como você enxerga as coisas, e olhe...eu deixei a porta destrancada pra ele, nesse perigo delicioso de ter meu mundo invadido por alguém que vai acabar por te conhecer mais do que nenhuma pessoa nesse mundão todo.
Também fui merecedora de enxergar pelos olhos dele, aquele mundo cheio de cores fortes e em constante mutação que ele criou pra chamar de seu, aquele mundo cheio de sinfonias, das coisas que só ele gosta e que quando citadas, imprimem nele aquele sorriso que só quem entrou no mundo dele entende, e eu entendo todas as vezes...é como o sorriso que eu dou quando alguém diz que gosta do Ringo Starr, ou fala que acha cachorros bem mais legais que gatos, ou quando alguém escuta Johnny Cash ou sabe qualquer fala de Toy Story decorada.
"Depois era um vício, uma intoxicação, me corroendo as veias, me arrastando pelo chão", e é assim que se vicia em alguém, se cria hábitos, tradições inquebráveis. Meu Deus quem mais vai entender as minhas manias? E você se desespera achando que ninguém mais vai te entender na vida como ele entende. E que ninguém vai conhecer ele como você! E todas as histórias, tudo o que foi dividido? Eu preciso lutar, ir atrás. Ai você se prende numa obsessão quase que doentia, depois desiste, se tranca, não quer sair, não quer comer, não quer se arrumar, trata todo mundo com frieza, falta motivação...vai se corroendo, porque "As vezes é tormenta" e das brabas.
Mas chega uma hora em que "Pode ser que o barco vire, também pode ser que não", e então você se estabiliza, respira fundo, toma um banho, sai sem rumo e as coisas começam a acontecer outra vez...estabelece metas e então em uma tarde qualquer você vai passar por aquele lugar escondido pela sombra das árvores que vocês tanto gostavam e encontrar ele lá, sentado quase que esperando por você. Então vai falar sobre como a sua vida está andando, e ouvir ele falar sobre a vida dele com aquele aperto no coração e aquele sorriso bobo de volta; e vão lembrar das velhas coisas, desenterrar piadas internas, suspirar com os olhos fechados de quem tomou um gole de nostalgia e pensar no quanto foi bom, se perguntando porque não continua sendo.
Talvez aconteça alguma coisa, talvez só se levantem e cada um pegue o seu rumo, mas parado ali não dá pra ficar pra sempre.
Coisas maravilhosas acontecem uma hora ou outra na vida de todo mundo, e merecem ser relembradas com o devido respeito e alegria, não acontece só uma vez, eu com meus vinte e um anos, já vivi umas boas histórias maravilhosas, elas não precisam de um final feliz, muito menos de um para sempre. Algumas duram por muito tempo, outras um dia, algumas 500, outras 385.




Kamilatavares.






Uma mistura de trechos da música "Casa" do Lulu Santos + 500 Days Summer + acertos de gravação da minha vida.

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