domingo, 2 de maio de 2010

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Eu só queria ir até você, te abraçar e admitir tudo o que eu tenho vergonha de externar: sim, eu faço questão da sua presença, eu gosto de você, você faz parte de mim, do meu dia, dos meus pensamentos, das minhas atitudes; você está nas minhas músicas, no que eu escuto, no que eu penso, no que eu falo e no que eu faço, e principalmente no que eu não faço...

Como agora, eu não fiz, eu não fui te ver, eu não abracei você, não senti o seu perfume e não disse tudo o que eu queria de dizer. Não pense que faltou vontade, mas eu tive medo...medo de acabar o que mal existe...medo de estragar as coisas que já estão estragadas...medo de ver que não resta mais esperança;

Mas você é um enigma! Eu nunca sei o que vai ser, como vai ser o amanhã, os próximos cinco minutos...você sempre me surpreende, talvez seja por isso que me encante tanto, que me faça não querer parar de olhar pra você.

Queria saber o que se passa na sua cabeça,tão bipolar, tão misteriosa...queria que você admitisse as coisas...as coisas que eu não admito. Queria que a gente deixasse o orgulho de lado, mas viramos torres de concreto que não vão se desmanchar a não ser que alguém nos quebre; queria que você gostasse de mim assim como eu gosto de você...

Você me constrói um castelo pra depois quebrar, tudo bem, eu sempre gostei mais do lado vilão da coisa, mas não estrague tudo e vá embora...destrua meu castelo e tome banho de chuva comigo, e que dane-se o príncipe encantado...ele é tão sem graça mesmo, bom é sair pra ver o mundo, quem precisa de castelo?!

Mas porque você inventa de estragar tudo e ir embora sozinho? Porque você não me deixa segurar na sua mão? Eu seria uma vilã com você.

Um dia eu vou até ai, mesmo achando que não devo...e por puro orgulho vou dizer que não faço questão, mas por favor, só dessa vez, não me deixe ir embora! Me prenda fingindo brincar, e eu pedirei por socorro fingindo querer ir embora, e assim fingindo que se odeia a gente acaba se amando, nesse eterno fingimento, nessa história sem fim que vai continuar assim até um de nós deixar de ser criança e admitir que nunca fez questão um do outro mesmo o tempo todo, mas que quando esse tempo todo demora a gente sempre sente falta e volta.



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