sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sobre o que eu não sei...

Nem precisa procurar muito pra achar o passado dela, uns dois segundos segurando a barra de rolagem e as lágrimas já começam a aparecer...como a gente se torna emotivo em certas horas do dia não é mesmo? Basta o céu mudar de cor que já nos sensibilizamos e ficamos a mercê de alguém que nos dê uma cena de final de filme bonita.
O motivo pelo qual procuro essas coisas, ainda não sei! A gente se martiriza por uma porrada de coisas na vida, principalmente por ser humano e tão vulnerável. Os anos passam aos montes em meio as horas que passam rápidas nos dias que passam tão lentos, e messes que se arrastam e se acumulam em um demorar que quando a gente olha pra trás, dois ou três anos parecem dois ou três dias...longos dias cheios de mudanças de estação e personalidade. É bonito o relativismo do tempo não é mesmo? 
Ao mesmo tempo em que o tempo é esse senhor tão bonito, como bem disse o Caetano, pode nos mostrar um lado perigoso, como todo detentor de 
beleza no mundo, tem suas armadilhas; e é nessa que a gente cai.
Tão maravilhoso o passado, cheio de coisas que queremos esquecer e que nos prendem! A dor é de saber que muito dali não volta nunca...a dor é saber que tudo o que foi feito ali não pode ser mudado...quantas horas desse tempo relativo nós perdemos em pensamentos sobre o ontem? O meu ontem...o ontem dele...o ontem dela...o nosso hoje!
"Cuidado meu bem, há perigo na esquina", há perigo nas escolhas...há perigo dentro de nós, e talvez este último seja de todos o maior perigo! Passo pelas pessoas e escuto o Tic Tac de suas bombas internas prontas para o show de explosões...somos seres prestes a explodir! Mas nos guardamos no íntimo de nossas lembranças...olhando o mosaico das nossas vidas, tão cheias de coisas maravilhosas e assustadoras!

Kamilatavares.

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