quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O mundo perfeito que eu desenhei.


No mundo perfeito que eu desenhei, todo dia era ensolarado e frio, o vento sempre fazia sons de paz quando batia nas plantas, na rede, na janela, todas os dias começavam no fim da tarde, com o céu bem bonito e todos os passeios eram livres de trânsito e sem limite de velocidade.
No mundo perfeito que eu desenhei, minhas panquecas nunca queimavam, os sorrisos nunca faltavam, nem os abraços e beijos eram racionados, e a música nunca parava, mesmo quando tudo era calmaria, sempre havia alguma melodia.
No mundo perfeito que eu desenhei, os cabelos estavam sempre molhados, as mãos cheirosas, os lençóis limpos, o café quente, o violão afinado, a lista de filmes pra assistir renovada, as cervejas geladas e as pessoas certas estavam sempre por perto.
No mundo perfeito que eu desenhei, você estava sempre lá, e a gente conseguia o que tanto procurava, no meu mundo perfeito aquele amor não acabava.
Mas o mundo perfeito que nós desenhamos, existe só ali no papel, como objetivo pra gente lutar, mas quem se cansa como eu...se senta na grama num final de tarde...aquele final de tarde, pega o lápis e desenha mais, adormece e sonha, sorri enquanto dorme, porque acordar por vezes é cruel!
No mundo imperfeito que foi desenhado pra mim, vou me conformando com os fragmentos de desenhos que consegui encaixar, e aproveitando o infinito das coisas finitas, pra poder sonhar mais, e não me desanimar.
No mundo imperfeito que desenharam pra mim, consigo extrair dias de mundos perfeitos que eu insisto em desenhar...

Kamilatavares.

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