domingo, 3 de março de 2013

Paradoxo.


Lembra daqueles jogos mentais que eu falei que fazia? De vez em quando eles aumentam sabe?! É como se um milhão de pequenos cérebros funcionassem dentro de mim espalhando infinitas informações...é como se um milhão de pequenas memórias estivessem espalhadas nas pontas dos meus dedos me fazendo lembrar as mais diversas aleatoriedades toda vez que eu toco em algo diferente. Não consigo ser constante! "sou reticente...e ponto final."
Não tenho mais regularidade no sono, não tenho mais regularidade alguma! Acordo me sentindo mais velha que os meus pais e durmo me sentindo mais jovem que o meu sobrinho...estou morrendo e comemoro a vida todos os dias. Escuto as mais variadas músicas e constantemente me pego falando sozinha, reproduzindo diálogos de filmes, cenas que já vivi e outras tantas que pretendo viver enquanto me resta coragem. Imagino coisas que nunca faria, sonho com corredores de hospital, flores na minha cama...e sou feliz!
Há tempos não choro de verdade, nem me arrepio ao escutar um "Eu te amo"...há tempos não enlouqueço e aos mesmos tempos nunca me senti normal...
Planejo futuros enquanto penso em desistir de tudo pra viver sem rumo e sem perspectiva de vida. Corro maratonas inteiras dentro da minha inércia!
E quando o último trago é levado pelo vento na minha janela...fecho os olhos ao som da mesma música que coloco pra tocar toda noite e faço a minha prece...ao universo! Consigo sentir meu corpo inteiro dormente, e sorrio. Criei momentos de paz dentro do caos...aprendi a inventar minha felicidade, e sorrio com coisas bobas.
Não sei mais o que me dói, não sei mais o que me cura! Coleciono sorrisos, abraços, lembranças de crianças correndo na rua, cheiros de pessoas e cafés; fotografias que tirei com os olhos e ninguém mais além de mim consegue ver. Coleciono cenas da minha vida, e pessoas! Escuto músicas depressivas em momentos de felicidade, escuto músicas felizes nos meus momentos depressivos...e de contradições eu vivo! E sou feliz...
Maltrato os que me fazem bem...sofro pelos que me fazem mal, e os mantenho por perto. Não me entendo, não me encontro, não me perco, não me meto na minha vida, não me pergunto coisas complicadas, não me sinto pertencente...não luto...e sou feliz.


kamilatavares

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