domingo, 18 de novembro de 2012

As flores.


Plantei aquele Dente-de-leão pra me lembrar dos conceitos e princípios que eu aprendi com o passar dos meus poucos anos de vida, é tão bonita a dança que eles fazem todos juntos do meu jardim, com seus pequenos pedacinhos brancos e amarelos voando pela rua...sabe-se lá onde eles vão parar. É disso que eu tento me lembrar toda manhã...somos pequenos pedacinhos de um Dente-de-leão, voando por ai sem rumo...sem direção..."sem lenço, sem documento num Sol de quase dezembro"...
Nascemos todos juntos, unidos ao mesmo núcleo protetor...e com o tempo cada um vai se soltando...voando pra longe, pra se encontrar com fragmentos de outros Dentes-de-leão, ou quem sabe orquídeas, violetas, margaridas, girassóis...
Os vasinhos de violeta que eu coloquei na janela morreram todos, não suportaram a chuva lá fora, nem meus lamentos aqui dentro. Tentei prendê-las, tentei prender-te, tentei prender-me...então as folhas secaram e elas morreram sem nunca saber o que era estar fora daquele pequeno vaso.
Quando eu deixei você ir plantei meus Dentes-de-leão por todo o jardim, e adivinha? Eles se adaptam a qualquer clima! Então todo dia eu preparo o meu café e me sento no jardim, pra olhar minhas flores dançarem ao vento...indo embora um pouquinho a cada dia, mas nunca me deixando completamente. Liberdade! Acho que é isso...e eu as amo...minhas pequenas flores. E elas espalham meu amor pelos ventos o ano inteiro...me trazendo beija-flores em recompensa.


kamilatavares.

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