domingo, 18 de abril de 2010

Bolha.

Eu me faço de forte, eu criei um escudo e uma expressão incrédula pra mostrar sempre que me falam de você. Eu olho de lado, digo que nem ligo, que passou, que eu não me importo...

Eu te abraço e aperto tua mão como um colega, faço perguntas vagas “tudo bem?” “novidades?” pra manter uma falsa educação, uma pequena amizade que na realidade é frágil como um barquinho de papel.

Eu trato com indiferença os comentários e referencias aos dias em que fomos felizes, mostrando lembrar deles como me lembro de um dia qualquer.


Tudo pra ver se passa.


A realidade é que todo dia eu olho a nossa foto, eu lembro dos nossos dias, os dias em que existia um ‘nós’ que sempre foi tão provisório, tão instável, tão frágil que eu não agüentei. Porque naquele momento eu precisava de segurança, não de fragilidade.

E todo dia eu releio os poemas que escrevi pra você, e escrevo tantos outros escutando as musicas que me fazem lembrar de você.

E paro na rua sempre que sinto o seu perfume, me pego em devaneios no meio das aulas, das conversas com os amigos...

A grande verdade é que todo dia eu relembro tudo que passei e tudo que fiz depois do dia em que eu conheci você, e penso em como a minha vida estaria hoje se você nunca tivesse aparecido.


Pois é, não passou.


Mas eu paro e penso...não me arrependo...tive bons momentos e aprendi muita coisa, cresci, dá pra sentir que eu mudei, não sei se pra melhor,mas mudei.

se terei mais sorrisos com você? Não sei!

Só sei que eu sinto a sua falta,mas me manterei aqui, até parar de ouvir a bomba relógio fazendo “tic tac” dentro de você.


Kamilatavares.

Um comentário:

  1. gostei do visual do Blog. E, meu deuz du céu, essa tua sinceridade contigo mesmo é uma virtude invejável.

    :D

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