terça-feira, 16 de março de 2010

15 de março de 2010

Talvez eu sobreviva a esse dia, se sobreviver me lembrarei pelo resto da minha vida que os sentimentos devem ser escondidos no mais seguro dos cofres, e que o cérebro deve tomar as decisões, porque o coração não evoluiu o suficiente para tomar o controle da situação. Amor machuca, e eu já tenho muitas feridas de guerra para me dar ao luxo de tentar outra vez.

Manterei minhas pequenas amizades e vida social restrita pelas ordens da minha mãe, trarei um sorriso diferente no meu rosto todo dia e a expressão de alegria de que sempre me orgulhei, e se me perguntares, direi que estou bem.

Continuarei a viver minha vida fazendo-a parecer o mais normal possível, se pudesse me tornaria invisível, mas tentei várias vezes pra dizer que não consigo tal feito, tentarei seguir em frente transformando cada acontecimento de minha vida em aprendizado, mas por hoje, pela última vez eu lhes digo: Não estou nada bem, e definitivamente não sou mais a mesma.

E numa última tentativa desesperada de ver as coisas pelo lado bom, concluo que o poeta que mais sofre é o que melhor escreve.

Kamilatavares.




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