sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Labirinto.

Fui tão longe no labirinto dele, derrotei tantos monstros e consegui voltar inteira de tal forma que isso o assustou! Agora eu sei todos os segredos, todas as passagens secretas, os caminhos de ida, de volta, as regras, as brechas...se ele vacilar eu vou saber!
Então o rei da terra dos labirintos, vendo que eu havia vencido todos, me baniu de suas terras, porque eu agora, sabia o que se passava sob sua coroa, sabia os truques de falsidade e as mentiras que seguravam seu status como os pilares que seguravam os templos.
Olhar pra mim era como ver nos meus olhos quem ele realmente era por trás da pompa, e ele não gostava do que via, ele não queria o espelho das inseguranças, dos corações partidos, dos amigos abandonados como objetos, das cabeças nas bandejas de prata... ele não queria ver a língua venenosa por trás do sorriso bonito, nem as mentiras ao som daquela voz doce...não queria ver o beijo da morte nem o afago do abandono...
Mudar é difícil...é mais fácil banir aqueles que nos querem verdadeiros, despidos das atuações diárias do que expor o verdadeiro eu em praça pública! E é assim que a vaidade se alimenta de nós, nos sugando aos poucos de forma que só nos damos conta do que está acontecendo quando nos tornamos secos! Porque por ora, é muito mais fácil aproveitar o divertimento diário dos igualmente revestidos de vaidades, pompas e mentiras, do que tentar subir a escada do aprendizado moral pra se tornar uma pessoa melhor.

Kamilatavares.

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